Este trabalho resgata a tradição antropológica do uso das imagens na compreensão das culturas, da prática da leitura de suas iconografias ou do emprego da fotografia e do audiovisual como ferramentas de pesquisa com a produção de narrativas imagéticas sobre "o outro". A dimensão estética e as imagens ocupam atualmente papel central nos processos cognitivos e nas formas de abordar e narrar a vida cotidiana contemporânea. As percepções e experiências cotidianas estão nas agendas do consumo e do marketing, assim como nos lazeres e processos comunicacionais; a estética, tanto como constituinte do Homo sapiens, quanto como o jogo da arte da vida comum, estabelece as formas e os instrumentos que permeiam as sociabilidades, as disputas, as identidades e os imaginários.